Bolsonaro se aborrece com tom de Rodrigo Maia
Foi deflagrada em Brasília uma guerra de egos. Em privado, Jair Bolsonaro emite sinais de descontentamento com o tom utilizado por Rodrigo Maia em suas manifestações mais recentes. O presidente da Câmara trombeteia a tese segundo a qual a reforma da Previdência avança no Congresso apesar de Bolsonaro e do seu governo. Maia repete, de resto, que o governo não tem agenda e não pensa nos mais pobres.
Neste início de semana, ao discursar numa sessão solene na Câmara, Bolsonaro soou enigmático a certa altura. Disse que, nesses momentos de temperatura alta, gostaria de estar na Câmara para dar sua opinião. Sem citar nomes, Bolsonaro lamentou: "Pela função que ocupo, obviamente, tenho que me calar."
Nesse presidencialismo sem coalizão inaugurado por Bolsonaro, a tensão entre Legislativo e Executivo será permanente. A voltagem tende a se elevar. Rodrigo Maia diz que o Congresso deve aprovar reformas que beneficiam o Estado, como a da Previdência e a tributária. Mas não deve avalizar as privatizações, porque os congressistas não vão encher os cofres de um governo que os maltrata.
Incomoda a Bolsonaro a movimentação dos parlamentares para colocar em pé uma espécie de agenda paralela. O capitão enxerga na iniciativa uma tentativa de invadir atribuições do Executivo. Maia diz que a agenda do Legislativo incluirá reforma tributária, do Estado e até social. Os congressistas comportam-se como se tivessem aprendido a lidar com Bolsonaro. Já não ficam com raiva, ficam com tudo. Esse enredo pode acabar num ciclo promissor de reformas ou num conflito paralisante.
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